Lítio em Boticas. Tribunal Administrativo Fiscal de Mirandela aceita providência cautelar

por Nuno Amaral - Antena 1

AFP

Devem ser suspensos esta quinta-feira os trabalhos para a prospeção de lítio em Boticas, Trás-os-Montes. O motivo é uma providência cautelar interposta pela Associação Unidos em Defesa de Covas do Barroso, que deu entrada no Tribunal Administrativo Fiscal de Mirandela.

Em dezembro, o Governo tinha dado luz verde à empresa Savannah Resources para retomar trabalhos de prospeção, contra a vontade das comunidades.

Agora, com a providência cautelar, fica suspensa a decisão do Ministério do Ambiente.

O presidente da Câmara Municipal de Boticas Fernando Queiroga não esconde a felicidade desta decisão e fala mesmo numa grande vitória.
Ainda assim o autarca lembra que nem tudo foi bem feito. Em especial, quando em dezembro o Ministério do Ambiente autorizou uma servidão administrativa que permitiu os trabalhos de prospecção de lítio, contra a vontade das comunidades.
Quem nada diz é o Ministério do Ambiente.

Contatado pela Antena 1, o gabinete da ministra Maria da Graça Carvalho diz que estão em causa questões administrativas e não políticas. Por esta razão não faz comentários sobre a decisão conhecida esta manhã.

A rádio pública contatou também a empresa britânica Savannah Resources, que tem a cargo, a prospecção de lítio em Boticas, Trás-os-Montes.

A empresa referiu que para já não faz declarações sobre o assunto.


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